O Projecto

O projecto de comunicação 7 Maravilhas à Mesa teve como objetivo principal a promoção do melhor que uma região pode oferecer através da gastronomia e dos vinhos, impulsionando o turismo e as experiências associadas ao território.

Nesta eleição, os portugueses votaram no prazer de estar à mesa e também no prazer de ir para lá, de lá chegar e de lá estar. Comer, beber e vivenciar um roteiro turístico, desfrutando do melhor que a vida tem para oferecer, foram os pontos destacados.

Foi garantida a harmonia entre a gastronomia e os vinhos, assim como o prazer de percorrer o país, descobrindo os encantos do enoturismo. As candidaturas a concurso foram as “mesas”, mas num conceito abrangente, incluindo o melhor que uma região tem para oferecer: os seus pratos, vinhos, pão, azeite ou queijos, bem como locais visitáveis, como uma adega ou lagar, um museu ou um percurso pedestre.

Todas as regiões de Portugal competiram com Mesas pelo título de Maravilha! A votação, auditada pela PwC, ocorreu entre 20 de julho e 16 de setembro de 2018, registando cerca de 486 mil votos.

Os Vencedores

Mesa da Bairrada ao Mondego

Locais: Cantanhede, Figueira da Foz, Mealhada, Mira, Montemor-o-Velho e Penacova

A “Mesa da Bairrada ao Mondego” realça os recursos endógenos e as potencialidades do território. A Bairrada destaca-se pela sua forte produção vitivinícola, destacando-se o Espumante e o Vinho Tinto da casta autóctone Baga, que representam a qualidade inquestionável dos vinhos e espumantes DOC Bairrada.

O Leitão Assado da Bairrada, famoso como uma das 7 Maravilhas da Gastronomia, é reconhecido pelo segredo na escolha das raças utilizadas, na sua preparação e assadura. O Arroz de Lampreia é outra iguaria em destaque na mesa, preparado com arroz carolino-IGP, cultivado nos arrozais do Baixo Mondego.

O Rio Mondego e a Costa Atlântica proporcionam a degustação de petiscos aquáticos que cada estação oferece, como peixe do rio e enguias fritas, sardinha, carapau e camarão da Costa, acompanhados por produtos locais (por exemplo, grelos) e temperados com o sal das salinas da Figueira da Foz.

O roteiro turístico inclui o património do Castelo e Vila de Montemor-o-Velho, a maior fortificação do Mondego, e experiências únicas vivenciadas na descoberta surpreendente do Luso/Buçaco, envolvendo a Mata Nacional, o Palácio Real, o Museu Militar, a Via Sacra e Termas, combinando natureza e história.

Mesa da Bairrada ao Mondego

Mesa das Lajes do Pico

Local: Lajes do Pico, Açores

A “Mesa das Lajes do Pico – Capital da Cultura da Baleia” procura apresentar uma oferta abrangente, permitindo, não só, degustar a nossa gastronomia e vinho, mas também conhecer a nossa cultura e desfrutar do conforto das nossas unidades hoteleiras.

A Mesa apresenta como Patrimónios da Categoria Gastronomia os sabores do Caldo de Peixe (Sopa), do Polvo Guisado (Prato de Marisco), do Cavaco (Produto Endógeno) e do Queijo de São João (Queijo), combinados com o património Arinto dos Açores Branco (Vinho Branco) da categoria Vinhos e Azeites.

Na Categoria Roteiros, o Museu dos Baleeiros (Museus), museu mais visitado dos Açores, é um ponto de paragem obrigatório, retratando de forma exímia a baleação nos Açores.

Mesas das Lajes do Pico

Mesa das Terras da Chanfana

Locais: Lousã, Miranda do Corvo, Penela e Vila Nova de Poiares

A harmonia entre os sabores ancestrais e inigualáveis da Chanfana, originária destas paragens, confecionada com carne de cabra e vinho tinto e que se assume gastronomicamente como denominador comum dos concelhos de Lousã, Miranda do Corvo, Penela e Vila Nova de Poiares, aliada à proximidade com sensações e vivências de uma envolvente verdejante, onde o desporto de natureza é uma experiência imperdível, fazem da Mesa das Terras da Chanfana uma proposta única e inimitável, a nossa expressão de identidade!

A distinção de um vinho tinto excepcional das Vinhas Velhas de Santa Maria da Quinta de Foz de Arouce torna este manjar adequado para palatos exigentes. Completa-se, em jeito de sobremesa, com Queijo do Rabaçal de sabor forte do leite de cabra e ovelha intensificado pela cura, e com Mel da Serra da Lousã, néctar endógeno de tom âmbar e sabor intenso proveniente da flora serrana em que predomina a urze.O Licor Beirão e o Beirão de Honra são os digestivos que permitem terminar a refeição com arte e mestria centenária.

Já recuperado o corpo e a mente, é possível visitar o Mosteiro de Santa Maria de Semide, classificado como interesse público e que remonta aos primórdios da nacionalidade.

Mesa das Terras da Chanfana

Mesa de Albufeira

Local: Albufeira, Algarve

Uma antiga expressão descreve Albufeira como a “Vila Branca em Mar Azul”, refletindo a sua vocação piscatória. Durante muitos anos, foi reconhecida como uma vila de pescadores, e a imagem de areais repletos de pequenas e coloridas embarcações tornou-se a sua marca distintiva. Se a terra era uma fonte de maravilhas, o litoral trazia tranquilidade a todos aqueles que viviam dos produtos do mar, tornando-o a sua porta de saída para o resto do mundo.

Esta mesa, fortemente ligada à freguesia de Albufeira e Olhos de Água, especialmente à zona nascente da referida freguesia, reflete a ligação entre o mar e o campo. O mar proporciona os produtos utilizados na preparação da Cataplana, os Ouriços e as Lapas consumidos quase ao natural, enquanto a terra oferece frutos como a laranja e o figo. Tudo isto é acompanhado por vinho produzido também no concelho de Albufeira.

Por fim, uma visita obrigatória às nascentes de água doce que brotam do mar, na Praia dos Olhos de Água, e que dão nome a este local.

Mesa de Albufeira

Mesa de Mirandela

Local: União de Freguesias de Avantos e Romeu, Mirandela

Em 18 de maio de 1874, um senhor de cartola chamado Clemente Menéres chegou à povoação do Romeu montado a cavalo, vindo do Porto, com a intenção de comprar terras para criar uma quinta. Parou na estalagem da Senhora Maria Rita, solicitou bacalhau e, pela primeira vez para si, acompanhou-o com pão negro de centeio. Em 1966, Manuel Menéres, seu filho, recriou a Maria Rita no mesmo local, com a cozinheira de sua casa e receitas de família, para sustentar uma obra social única no país.

Neste local histórico, propõe-se uma refeição preparada com produtos do Romeu, servida com elegância por mulheres das aldeias ao redor, num ambiente impregnado de memórias. A Maria Rita reúne um património coerente de aromas, sabores, pessoas e história: resumindo, uma cultura local entrelaçada com sensibilidades e conhecimentos acumulados. É uma experiência genuína, única e irreproduzível em qualquer outro lugar do mundo. Quem passa por lá não esquece e muitas vezes se emociona.

Maria Rita, a Quinta do Romeu e o Museu das Curiosidades pertencem à família Menéres, sendo regidos pela 4ª, 5ª e 6ª geração. No entanto, o oposto também é verdadeiro, pois é o Romeu que tem há muito a família ao seu dispor.

Esta Mesa concorreu com uma ementa histórica composta pelos Tostadinhos Alheira de Mirandela como entrada, Bacalhau à Romeu, prato mítico da Maria Rita uma receita com história da família Menéres, como prato de peixe e Sopa Seca, prato distintivo da expressão do território e sua autenticidade, como prato de carne. Para regar este repasto, o Azeite DOP Bio Romeu e os vinhos Quinta do Romeu Reserva Branco e Quinta do Romeu Tinto Touriga Nacional.

Mesa de Mirandela

Mesa de Monção

O “Cordeiro à Moda de Monção” é um prato com uma longa história na Vila de Monção, preparado de maneira tradicional. A sua confeção estende-se por mais de 24 horas, incluindo os banhos e a cozedura. O cordeiro é colocado sobre um alguidar de barro vermelho para pingar sobre o arroz amarelo (feito com açafrão e água de um cozido à portuguesa) e é levado ao forno de lenha, previamente aquecido.

Nesta mesa, o cordeiro é acompanhado por um vinho de excecional qualidade: Alvarinho Palácio da Brejoeira, colheita de 2016. Este néctar é produzido desde a década de 70, respeitando a tradição na produção dos melhores vinhos, utilizando tecnologias que realçam as suas características peculiares.

Na imponente adega deste palácio, é possível degustar a Aguardente Velha Palácio da Brejoeira, feita a partir do vinho Alvarinho. Esta aguardente apresenta uma elegância rara, um aroma delicado e uma prova macia e prolongada. Apreciar a construção peculiar desta adega transporta-nos para os momentos áureos e festivos do Palácio da Brejoeira. Todos esses produtos podem ser degustados na Feira do Alvarinho, um evento único no Norte de Portugal que atrai todos os anos milhares de pessoas ao nosso concelho.

Mesa de Monção

Mesa de Vila Real

Visitar Vila Real é descobrir, nas palavras do escritor transmontano e duriense Miguel Torga, um Reino Maravilhoso! É encontrar uma cidade cosmopolita mas envolvida por uma moldura natural autêntica, num local onde as arquiteturas vanguardistas vivem em harmonia com o antigo: Palácio de Mateus, Capela Nova, o secular Santuário de Panóias, entre outros.

Vila Real é uma cidade que pretende assumir a sua capitalidade como motor económico de toda uma região, procurando afirmar-se como um território de investimento futuro dada a sua localização privilegiada e geoestratégica. Rica em olfatos e sabores, os seus vinhos: Rosés, Maduros e Porto.

A sua Gastronomia única: Covilhetes, Cristas de Galo, Tripas aos Molhos e o célebre produto autóctone da Carne Maronesa – DOP, que apascenta nas montanhas do Alvão e Marão, um lugar mágico onde a água jorra das rochas altivas, seguindo o seu curso entre cascatas altivas e longos regadios pelos prados verdejantes.

Mesa de Vila Real

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